
A World Athletics apresentou oficialmente sua Estratégia de Liderança de Gênero 2025-2027, um plano ambicioso que visa consolidar a equidade de gênero em todas as áreas do atletismo: administração, arbitragem e treinadoras. A proposta é clara: transformar o atletismo num modelo global de inclusão.
Por que essa estratégia é necessária?
Embora tenha alcançado a paridade de gênero no Conselho Mundial (50% de mulheres em 2023, ante 22% em 2016), ainda há desequilíbrios importantes: apenas 13% das presidências de federações são ocupadas por mulheres e só 11% dos treinadores em campeonatos principais são mulheres.
Objetivos principais para 2027 e 2029
A estratégia estabelece metas claras:
✅ Gestoras: 40% de representação feminina em conselhos executivos das federações até 2029 (mínimo atual: 20%).
✅ Árbitras: 40% de mulheres em todos os exames do sistema WARECS até 2027.
✅ Treinadoras: 40% no nível CECS 1 e 30% no CECS 2 até 2029.
Outras metas incluem:
- Equilíbrio de 50/50 entre Oficiais Técnicos Internacionais nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e no Mundial de Pequim 2027.
- 40% de treinadoras no Mundial Sub-20 (meta intermediária de 30% em 2028).
- Fortalecer políticas internas e implementar programas educacionais com perspectiva de gênero.
Pilares estratégicos
- Sucessão: academia de liderança, mentorias e programas de formação.
- Defesa: parcerias com homens aliados, auditorias anuais e estratégias regionais.
- Comunicação: campanhas como #WeGrowAthletics, redes sociais e prêmios de reconhecimento.
Um compromisso contínuo
Desde 2017, a Força-Tarefa de Liderança de Gênero impulsiona avanços. Em 2023, Ximena Restrepo tornou-se a primeira vice-presidente sênior da World Athletics. Mais de 1.200 participantes já completaram o curso online, e 300 mulheres participam anualmente de seminários regionais.
Este plano não é apenas uma promessa: é uma ferramenta real para garantir que as mulheres liderem e inspirem o futuro do atletismo.